Pai, olho tuas mãos
Elas são
importantes na construção de teus filhos
Que elas saibam ser firmes no
orientar
Serenas no amparar
Que elas não fujam ao dever de
punir
E não se aviltem por agredir
Tuas mãos, pai
Devem ser o
exemplo do teu trabalho
E que não se abram apenas materialmente
Que
isso é um modo de fechar a consciência
Mas que, ao abri-las estejas
abrindo muito mais
O teu coração e a tua compreensão
Teus olhos,
pai, que responsabilidade eles têm
Que eles vejam as qualidades de teus
filhos
Por pequenas que sejam para que as faças crescer
Mas que não
deixem de ver os defeitos e as falhas
Porque pode ser teu o dever de
corrigi-las
Não te consideres, pai, sem defeitos
Mas que isso
não te desobrigues
Da perfeição de ensinares o que sabes certo
Ainda
que tu mesmo tenha dificuldade em segui-lo
Mais importante do que
consegui-lo
Sem dúvida será lutar por ele
Pai, o que se quer de
ti
É que pai sejas
No conceber por amor
No receber por amor
No
renunciar por amor
No amor total dos filhos que
Sem teu
amor
Perderão o significado da própria vida
Pai, estás presente
no sangue
Na herança biológica
Na cor, no nome, na língua
Tudo
isso, porém, desaparecerá
Senão te fizeres presente no
coração.